Me disseram que não…
De qualquer forma, cá estou! Aceitei o convite (obrigada pela oportunidade!) e prometo tentar ser mais objetiva nos meus relatos e duelos entre o Tico e o Teço (para quem não acompanhou os relatos até Florianópolis e não os conhece, são meus dois neurônios… Até Kona, vocês presenciarão muitas discussões entre eles; ficarão praticamente íntimos destes dois personagens que fazem parte do meu dia-a-dia).
Vou fazer uma breve descrição da atleta 1908, a Aninha… Que largou no dia 29/05/2011 no Ironman Brasil, como a maior parte dos 1800 inscritos, em busca da realização de um sonho.
A Aninha, no primeiro semestre, desejou, desejou, desejou, desejou e desejou. Desejou demais chegar onde chegou. Literalmente, nadou, pedalou e correu atrás do seu sonho: voltar a largar na “Meca”dos Ironman, onde tudo começou.
Sonho, desejo, foco, determinação, persistência, superação, abdicação, treino, treino, treino, treino, e mais treino… Somados a uma evolução como pessoa e como atleta em função dos treinos e espírito Ironman, aliados a sorte… Sorte por acordar bem e disposta no dia 29 de maio e por ter conseguido realizar uma excelente prova, sem grandes surpresas desagradáveis (as conhecidas variáveis incontroláveis, como por exemplo, problemas mecânicos com a bike ou algum pneu furado)… Levaram a Aninha a conquista da tão sonhada vaga. O resultado foi apenas uma consequência.
A tendência natural do ser humano, conscientemente ou não, ao se conquistar um objetivo, é “relaxar”. Mas, para mim, a conquista de um sonho me faz continuar sonhando… Desejando… Buscando superação, evolução, auto-conhecimento, crescimento. Sempre temos muito a aprender, muito a melhorar.
A partir do momento que conquistei a vaga para o Mundial, minha responsabilidade aumentou, meu “piano nas costas ficou mais pesado”. O que quero dizer com isso? Muito simples: preciso e vou fazer por merecer! Ter a oportunidade de voltar para a Big Island é algo único, mágico, indescritível. É muita emoção!
A realização de uma boa prova em Florianópolis não significa nada se eu não der continuidade aos meus treinos, a minha dedicação. Sucesso passado, não garante sucesso futuro. Sem contar que o Hawaii é o Hawaii. As condições de prova são extremamente difíceis, cruéis. O fato de ter realizado a prova no ano passado, apenas me deixa um pouquinho – mas bem pouquinho mesmo – mais experiente. Posso dizer apenas que conheci o percurso e experimentei algumas das difíceis condições climáticas e de prova. Mas, estou muito longe de me conhecer, de conhecer meus limites. O MEDO permanece! Sim, continuo morrendo de medo do Ironman do Hawai.
Ironman é Ironman…
Ironman no Hawaii é Ironman no Hawaii… Outra prova!!
Tenho MEDO…
Mas este MEDO é BOM…
É BOM porque RESPEITO…
RESPEITO demais a prova…
E isso é ÓTIMO…
MEDO… RESPEITO…. significam:
TREINAR! TREINAR! TREINAR! TREINAR! TREINAR e… CONTINUAR TREINANDO!
Com certeza, no dia 08 de outubro, estarei alinhada, segurando na prancha de algum dos surfistas, tentando não me afogar, esperando o tiro do canhão, pronta para fazer o meu melhor, para superar os limites do corpo, da mente, da dor, na busca incessante de algo muito maior… Algo que vai muito alem de simplesmente nadar, pedalar e correr!
É espiritual… Mental… Sou eu comigo mesma… E o mais legal disso tudo… Como diria meu mestre: “só depende de você!”
Mahalo! Boa semana! Bons treinos!
TRI-Bjocas,
Aninha!
@oliva_aninha
Publicado também na MundoTri
Oi Aninha,
ResponderExcluirVi você na Maratona do Rio.Eu corri tambem!Cruzei com você na largada, claro você estava na frente sentido barra eu ainda iria retornar.
Parabens por sua prova.
Admiro sua dedicação a seu esporte Triatlhon, infelizmente pouco reconhecido no nosso país, é certo que a tendência é melhorar.
Gostaria que relatasse a maratona!
Bjs e Parabens!