quarta-feira, 7 de março de 2012

TRADUÇÃO: EU JÁ ERA FÃ... AGORA SOU FÃ AO CUBO!


GOSTARIA DE AGRADECER AO CIRO... QUE ME ENVIOU ESTA TRADUÇÃO DO TEXTO DA POSTAGEM ANTERIOR!
MUITO OBRIGADA!
TINHA PENSADO EM FAZER ISTO, MAS NÃO CONSEGUI ENTRE ONTEM E HOJE... E, SINCERAMENTE, ACHO Q NÃO O FARIA NOS PRÓXIMOS DIAS TAMBÉM.
PORTANTO... MAIS UMA VEZ... MUITO OBRIGADA!

BJOCAS!

AÍ VAI...


Assumir em público... para o mundo... uma fragilidade, uma fraqueza... Buscando ajudar...

Essa mulher é simplesmente minha "ídala"!!!

Não apenas como atleta... Mas, como pessoa... Como SER HUMANO!!!

                                          
                                                                                      Foto Arquivo Pessoal - Kona 2010

Chrissie Wellington, sentada de pernas cruzadas em um sofá, não se parece com uma mulher de ferro em uma tarde de inverno.
Chegamos na periferia de Londres, numa casa aconchegante preenchida por seu sorriso contagiante, e a conversa foi muito animada.


É fácil de lembrar que, exatamente cinco anos atrás, pouco antes de se tornar uma triatleta profissional no final de fevereiro de 2007, que a mulher mais notável do mundo no esporte Triathlon, Chrissie Wellington ainda trabalhava para o governo britânico como consultora no desenvolvimento internacional, com especialização no Nepal.

Chrissie que completou 34 anos na semana passada, além de ser inteligente, charmosa, flexível, e muito amigável, ainda é extremamente determinada no que faz.

Ela descreve uma prova de Ironman, como parecendo um desconforto e um sofrimento insuportável para a maioria de nós, quando um atleta precisa completar 3.8km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida no mesmo dia.

Wellington, que ganhou cada um de seus 13 Ironmans, detém o recorde do Mundial Feminino com 8h18min32 seg , que é de 32 minutos mais rápido que o recorde anterior que tinha durado 14 anos.

Talvez a maneira mais simples de explicar sua resistência extraordinária é dizer que ela, logo após nadar 3.8km e pedalar 180km, Wellington pode correr uma maratona em 2 horas e 44 minutos.

Incrível!

Ela ganhou quatro campeonatos mundiais – e só assim já pareceria indestrutível.

Mas Wellington é ainda mais impressionante ao revelar as inseguranças corrosivas de seu passado.

"Os tempos e número de vitórias que conseguimos importa menos do que a surpresa contínua que sinto. É assim que eu me habilito a desafiar minhas próprias percepções do que é possível, e continuar abrindo portas dentro de mim mesma que você não sabia que existia. Olhando para cinco anos atrás, eu -nunca- poderia ter previsto tudo o que aconteceu desde então. "

Wellington olha para mim com um olhar e repete a palavra de novo:

"Nunca".

E então, após uma longa pausa, ela abre as facetas mais profundamente e pessoais de sua complexa personalidade para o resto do mundo.

"Todos nós temos talentos que, às vezes, nunca colocaremos à prova. No fundo, todos temos medo, mas talvez só precisamos colocá-lo na linha para explorar nossas capacidades. Para isso é só não ter medo de fracassar. Mas eu sei que é difícil. "

Wellington está prestes a publicar uma biografia fascinante para não dizer surpreendente.
Essa será uma exposição eminente para essas emoções mais complicadas.

"Eu sou uma personagem muito contraditória", diz ela.
"Eu posso estar confiante na minha capacidade, mas ao mesmo tempo, eu posso NÃO ter tanta confiança. Acho que posso dar o exemplo de que, quando estávamos chegando em casa e você disse que gostou do meu livro,l isso me fez feliz na hora. Mas não foi o suficiente para me orgulhar do que eu tenho conseguido. Por incrível que parreça, eu ainda quero a aprovação dos outros. "

Essa necessidade da aprovação, se tornou uma coisa ruim na vida de Chrissie.

"Eu não revelei antes", diz ela, para falar sobre seus últimos transtornos alimentares.
"Ainda há um estigma e por isso eu balanciei entre a vontade de falar sobre isso e ter vergonha, porque para mim ainda é uma fraqueza. Me senti confiante, pois toda semana recebo cartas de mulheres e jovens . Eles não sabem que eu sofria de transtornos alimentares, mas eles explicam como eles estão sofrendo com essas mesmas aflições."

"Acabo de receber uma mensagem de email. Veio de uma garota americana dizendo: Eu não sei para onde ir, você pode me ajudar? Ela é uma triatleta. "

Wellington parece angustiada até que ela endireita os ombros e diz que está pronta para mudar sua vida quando as pessoas compreenderem as profundezas de onde ela surgiu.

"Quando eu comecei no esporte eu fiz isso por razões puramente egoístas – eu queria ser tão boa quanto eu poderia. Eu ainda até tenho esse desejo, mas quanto mais eu me surpreendo, mais eu percebo que posso fazer mais e mais , então quero mostrar cada vez mais para as pessoas que é possível"

Ela teve uma infância confortável de classe média, em Norfolk, e, em seguida, conseguiu uma bolsa para estudar geografia. No entanto, sem o conhecimento da grandeza esportiva dentro dela, Wellington foi tão assediada pela insegurança que ela saiu de sua maneira de ser, e mudou sua forma corporal - e acabou nas garras da anorexia e bulimia.

"As vítimas de tais doenças são muitas vezes ambiciosas, aparentemente mulheres jovens bem-sucedidas que buscam estas idéias de controle e realização", diz ela.

"Somos motivadas, compulsivas, obsessivas a perfeição, somos persistentes e competitivas E isso pode virar algo incrivelmente negativo."

Wellington foi salva por sua família.

"Meus pais estavam preocupados", diz ela, "especialmente o meu pai. Ele é menos o mais controlado emocionalmente, mas quando vi que ele estava quase chorando quando olhava para mim, eu entendi como todos eles estavam preocupados.
Mas, foi realmente o meu irmão que me fez encarar a verdade. "
Chrissie chegou ao ponto em que ela pode amar seu próprio corpo sem a vontade absurda de deixa-lo forte e somente ter uma aparencia externa bonita. Wellington pode comemorar tudo o que seu corpo alcançou - em conjunto com uma força excepcional mental.

"O esporte me deu uma percepção diferente e respeito pelo meu corpo. Eu não posso julgar o seu sucesso pelo fato de que vc possa caber em uma calça jeans skinny.
Quando olho para outras mulheres, vejo seus corpos muito mais bonitos do que o meu. Mas aí penso: Você não ganhou tudo o que eu ganhei.
Hoje eu não posso ser perfeita, mas mesmo assim posso amar meu corpo

Wellington veio ao mundo do Ironman como um atleta amadora - que descobriu por acaso que ela adorava correr. Ela correu sua primeira maratona com a idade de 25, em Londres, em 2002, e se surpreendeu ao terminar em 3 h cravado.
Cinco anos mais tarde, ela decidiu largar seu emprego no governo e se tornar uma triatleta.

Wellington ganhou o campeonato mundial olímpico amador em 2005, e optou por trabalhar com o melhor técnico de triathlon do mundo de triatlo, mas houve controversias.
Brett Sutton, autraliano, tem uma acusação sobre o fato de que ele já teve uma relação sexual com uma menina de 15 anos, que ele treinava.
Nos anos posteriores, como um adulta, ela fez uma queixa formal e Sutton foi acusado.
Ele argumentou que o caso havia sido consensual, mas o juiz ainda acusou Sutton de "abuso por ter o papel de treinador Triathlon da equipe nacional da Austrália, a um grau indesculpável."

Sutton recebeu uma pena suspensa de dois anos.
"Foi imperdoável no momento", diz Wellington o comportamento de Sutton.
"Mas Brett se arrependeu. Ele me disse:
" eu me desprezo pelo fato de ter feito outras pessoas passaram pelo que fiz. "

Alguns vão escolher nunca perdoá-lo. Outros talvez perdoem. Mas Brett não é o cara mercenário frio que normalmente é retratado. Ele tem uma inteligência emocional incrível.

"Na primeira segunda-feira que começamos a trabalhar juntos, fomos para um treino de natação e ele disse, “Eu posso ver que você sofria de um distúrbio alimentar”

Eu pensei: “Como diabos esse homem barrigudo pode saber?
Ele pode me lêr como um livro e desenvolveu uma compreensão muito rapidamente da minha personalidade.
Minha impaciência, minha incapacidade de descansar minha mente, meu desejo de perfeição
Ele resumiu-me em uma frase:
Você quer ser diferente, mas ao mesmo tempo vc deseja ser normal.

É verdade. Eu não queria ser como as outras meninas.
Eu queria ser melhor do que eles. Mas ao mesmo tempo eu queria ser uma delas. "

Em algumas das páginas mais emocionantes do livro, Wellington dá detalhes como ela e Sutton lutaram pelo controle.
Ela conta algumas partes de como era quase “uma escrava” e que as vezes existia uma parte meio que saso-masoquista na relação dos dois.

"Alguns dos problemas que tive, as preocupações e medos nos primeiros seis meses, com Brett, foram devido ao fato de eu não confiar nele. Eu estava questionando-o constantemente e isso é que foi desgastante.
Melhorou quando eu lhe permitiu assumir o controle que eu podia sentir aquela sensação de libertação."

Sutton era extremamente exigente na formação. Apesar dele ser muito rígido, tinha um outro lado mais caloroso e sensível. Mas ele podia ser extremamente frio e insensível na frente dos outros, e pensei por várias vezes que ele iria me quebrar nos treinos

Wellington emite uma risada um pouco sombria. "Esses pensamentos passaram pela minha cabeça quando ele gritou para mim que," Você é fraca, você nunca será bem sucedida no esporte. "
Bem, sim, eu estava chorando por dentro dos meus óculos escuros, mas a outra parte de mim disse:
'Eu vou mostrar a você, seu desgraçado. Eu vou provar para você que eu não sou fraca. "

Eu precisava disso, sim, mas foi tão horrível entregar minhas rédeas para Brett... Mas, foi definitivamente nesse ponto e isso me fez a atleta que eu sou.
Eu poderia fazê-lo agora? Provavelmente não, porque Brett me ensinou a maior parte do que sou hoje.
Não preciso mais dele agora - mas eu sou agradecida sobre o que ele me ensinou.

"Brett foi extremamente influente na minha vida. Nenhum outro treinador teria feito o que fez, em 2007, quando ele jogou uma novata que nunca tinha feito qualquer triatlo de longa distância, para o campeonato mundial em Kona.

Brett tinha visto algo especial em mim.
Ele sabia, muito antes mim mesma e de qualquer outra pessoa que eu poderia fazer aquilo. "

Wellington chocou o mundo ao vencer o Ironman Korea, e depois o campeonato mundial de Ironman Hawaí 2007 - e espancar a rival mais próxima por cinco minutos.

No entanto, seu triunfo no ano passado em 2011, no mesmo campeonato mundial, transcende todas as expectativas. Ela começou a corrida com um músculo peitoral danificado e que ela tinha rasgado duas semanas antes quando ela foi atingida de raspão por um veículo e foi ferida depois de cair.  Foi levada para o hospital poucos dias antes da prova.

Pela gravidade do acidente, ficou claro que se ela apenas terminasse a prova, isso já seria um feito incrível
Ela foi forçada a nadar mais devagar que o habitual e, também lutando em sua bicicleta, ela começou a maratona 21 minutos atrás do líder.

Wellington torce-lhe o rosto. "Normalmente, eu não sofro fisicamente em uma corrida, muito mais do que o desconforto. Talvez o meu desconforto é igual ao de alguém com uma dor debilitante.

Mas, desta vez, eu entendi. Esta foi a dor ruim. Persistente e profunda dor profunda."

Wellington ainda correu a maratona em 2 horas 52 minutos e 41 segundos - e venceu por quase três minutos. "Por volta do Natal do ano passado", lembra ela, "Brett me telefonou.

Ele não me treinou durante anos, mas ele disse:

Anos atrás, você me perguntou se você conseguiria ganhar uma competição quando estivesse sob pressão. Agora você sei. Você não tem mais nada a provar. "

É verdade. É por isso que eu talvez tenha completado mais um ciclo em minha vida. Não estou me aposentando, mas eu vou fazer uma pausa de um ano ou dois anos. "

Wellington vai trabalhar em suas obras de caridade e na mídia, e, possivelmente, treinar exclusivamente para o correr uma maratona, onde ela acredita que poderia correr  "a maratona de Londres em 2h20 alto".

Mas Wellington também vai sentar-se, pela primeira vez, e saborear uma nova verdade.
"Eu estou contente", diz ela que no final da tarde dá lugar a uma noite negra e congelamento. "Estou feliz de não ter que provar nada a ninguém mais.
Nem mesmo, a mim mesma"

4 comentários:

  1. Comprei o livro dela essa semana e estou lendo no kindle do telefone. Tá beeeeeeemmm legal.

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  2. Eu não traduzi nada... quem traduziu foi o meu amigão Google.
    Só dei sentido pro texto.

    Agora falando da Chrissie:
    Sei lá o que pensar, estou meio confuso.

    Como comentei com a Aninha, é por isso que cada vez mais o Lance Armstrong fica cada vez mais impressionante.

    Ele consegue lidar com uma exposição cada vez maior, e consegue superar e provar para ele e consequentemente para os outros que é possível.

    Eu acho que a C. Wellington é proporcionalmente igual ao Lance A. quando falamos em feitos no esporte.

    Mas a diferença entre eles é o emocional.
    O Armstrong , pelo menos até agora, não revelou que sofre de algum mal.

    Ou ele é muito nariz empinado e nunca vai falar nada.... ou ele é phoda mesmo

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  3. SERÁ QUE SE NÃO FOSSE POR ESTE DESCONTROLE EMOCIONAL DE QUERER PROVAR QUE PODIA ELA CHEGARIA ONDE ESTÁ?
    ISSO QUE É QUERER SE AUTO-AFIRMAR....

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  4. Olha Rodrigo,
    Não tinha pensado por este ponto de vista... Mas, realmente faz sentido!
    Um desequilíbro pode te fazer ir muito além do que se imagina.
    Porém essa situação é bem complicada, pois com certeza, vai de encontro ao conceito de longevidade no esporte.
    Obrigada pelo comentário!

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