"Per aspera ad Astra"...
Emoção… Muita emoção!
Neste ano, cheguei a Florianópolis com o espírito diferente do ano passado.
Ao fazer uma retrospectiva, o único pensamento que me vem à mente é que preciso muito agradecer. Agradecer a este esporte!
O Ironman é único!
Desejo… Objetivo… Foco… Determinação… Garra… Abdicação…
Sim! Tudo valeu muito à pena!
Cada hora, cada minuto, cada segundo… Cada discussão entre o Tico e o Teco.
Estou feliz! Muuuuuuuuito feliz!!!A conquista do sonho de voltar para o Hawaii foi resultado de uma excelente e consistente prova. Fiquei mais do que satisfeita com a minha performance e afirmo, realmente não tem segredo: Treinar… Treinar… Treinar… Treinar… Não existe milagre!
Apesar de acreditar que eu realmente tinha treinado muito (muito mais que em 2010) e que tinha condições de realizar uma boa prova, a auto-cofiança, a convicção de “estou bem” nunca foi meu forte! Na verdade, dificilmente entro numa prova com a certeza de que realmente fiz tudo o que eu poderia fazer! Sempre acho que tenho muito a melhorar… Que poderia ter feito mais!
E, desta vez, não foi diferente… rsrsrs… Mas, acreditei… E agi!
A tendência natural era obter um resultado melhor em função da experiência, continuidade e qualidade dos treinos. Mas, como o Ironman é uma prova muito longa, podem-se criar expectativas, mas é preciso ter a consciência de que muita coisa pode acontecer.
9h42min… Realmente este número eu não imaginava. As pessoas mais próximas de mim, que me acompanharam nos treinos, que participaram da minha evolução, acreditavam na minha capacidade de performance. Eu achava difícil. Mas, não impossível! Pensava em “quebrar as 10hs”, ou na linguagem “triathlética”: Tentar sub-10!
Prova dura! Condições de mar e vento mais difíceis que em 2010.
Acreditem ou não, este ano não sorri! Mas, essa era a idéia!
No ano passado, fui para Florianópolis despretensiosa: não conhecia a prova, não conhecia as distancias, nem sabia como meu corpo e minha cabeça reagiriam. Este ano, cheguei com um pouquinho mais de experiência, com base no ano anterior; o que não significa que me conheça, estou muito, mas muito, longe disto!
Como diria uma pessoa que admiro demais e que é um dos responsáveis pela minha evolução neste esporte e como pessoa: “É como uma escada: ano após ano, degrau por degrau. Não adianta pular etapas. Não existe milagre!”
É um progresso natural, resultado de muito trabalho, continuidade, foco, determinação.
Colhi os frutos que plantei.
Desejei… Foquei… Treinei… Treinei… Treinei… Treinei… E fiz o meu melhor… Literalmente, nadei, pedalei e corri atrás do meu sonho: Voltar para Kona!
Bom, tinha consciência de que 2011 seria diferente de 2010. Avisei minha família: Não assustem, ok? Esqueçam o que vocês viram no ano passado (fiz a prova sorrindo, “borboleteando”, mandando beijos e brincando). Desta vez, vou passar chorando!
Sim! Esta era a idéia: Foco total! Nada de desconcentrar! Levei a prova muito a sério, assim como os treinos. A idéia não era brincar! E foi o que aconteceu, cheguei em Florianópolis “a trabalho”, não “a passeio”.
Vivenciar o “antes, durante e depois” é algo indescritível!
COMO AMO ESTE ESPORTE!
Estar ali, naquele momento, com aquelas pessoas, atletas, amigos e familiares é mágico! É espetacular!
Com certeza, a melhor parte do Ironman não é nadar, nem pedalar e nem correr! A melhor parte é o que este esporte nos agrega, nos ensina, cria vínculos e amizades.
Analisando a vivência de mais um ciclo de treinos para o Iron, posso afirmar que amadureci muito! Com certeza, aprendi demais nos últimos 6 meses e hoje enxergo coisas de forma diferente que anteriormente.
Que prazer! Prazer por crescer espiritualmente, mentalmente, fisicamente. Conhecer pessoas especiais, que além de parceiros de treinos, se tornaram grandes amigos. Na verdade, formamos uma família… Uma família que escolhemos!
Esta conquista… Esta vitória… Não é minha! Mas sim de todas as pessoas que participaram e participam da minha vida, do meu dia-a-dia.
Pessoal do trabalho: Dê, Carol, Toninho, Gis, Eliana, Fred, Denis, Viviane, etc (me desculpem se esqueci de citar alguém) sem o apoio e ajuda de vocês não conseguiria conciliar compromissos profissionais com os treinos. Obrigada!
Preciso agradecer meus parceiros de treino: Alê Takenaka, Ariane, Arthur, Mestre Azevedo, Murilão, Dani Bettito, Primo, LODD, Ciro…
Só pedalei para 5h08min graças aos nossos treinos com o LODD, meu super parceiro!
LODD, obrigada pela paciência, dicas, informações, aulas, pacing, rodas nos treinos, “LODD Tours”, conversas… Muitas conversas… Enfim, obrigada pela parceria!
Devo muito ao Ciro, que também foi muito paciente, me acompanhando, direcionando, incentivando, esclarecendo dúvidas no que diz respeito a volume e qualidade dos treinos, frisando sempre: “só depende de você”. Essa frase não saía da minha mente durante toda a prova.
Ciro, Obrigada! Só eu sei o quanto você é responsável pelo meu sucesso!
Sim! Devo a realização deste sonho a cada um de vocês!
Não sei como agradecê-los!
OBRIGADA! OBRIGADA! E OBRIGADA! DE CORAÇÃO…
Com certeza, vocês fazem parte da MINHA EVOLUÇÃO COMO PESSOA E COMO ATLETA!!
Agradeço a todos os meus amigos que não são do esporte pela compreensão da minha ausência durante esta periodização (sim, estava mega focada e os “deixei na geladeira”).
Agradeço a minha família: Mamy, obrigada por incorporar o espírito Ironman e me ajudar com tudo! Esta conquista também é sua! Ao vovô e à Vovó, sei que sentiram minha ausência. À minha pequena irmãzinha coruja, minha fã nº1. Ao meu irmão, pela compreensão e ao meu padrasto Bidi, pelo apoio de sempre!
A todos que me ouviram e me ajudaram. Ao pessoal da Limiar; ao Amendoim; ao Claudio da Mynd; à equipe do MundoTri que realizou um excelente trabalho; aos leitores do diário que dedicaram parte do seu precioso tempo para ler meus relatos. Obrigada pela paciência e receptividade em Florianópolis (fui abordada por algumas pessoas que me acompanharam, de forma muito positiva e carinhosa! Muito legal!). Obrigada!
Aos meus apoiadores/patrocinadores: Esporte Clube Pinheiros (ECP), OAKLEY, ASICS, OFFICINA, STUDIO VELO TECH! Esta conquista também é de vocês! Obrigada!
É uma honra carregar estas marcas no peito! Que responsabilidade!
Obrigada pela oportunidade! Farei o possível e impossível para "fazer por merecer".
Premiação - foto: www.mundoTRI.com.br
Não posso deixar de citar duas grandes amigas, que me fizeram rir e chorar (como diria meu parceiro LODD Duarte): Ana Lídia Borba – a pequena gigante – exemplo de garra, superação, determinação e sucesso! Ela é, com certeza, fonte de inspiração e motivação! E a Ariane Monticeli: outra guerreira, que vem se superando a cada dia e a cada prova. Que maratona foi aquela? Emocionante! Impressionante! Linda! Parabéns, Ari! Você merece! Sei o quanto você treina, o quanto trabalha, o quanto “rala” para chegar onde está. Orgulho de vocês! Sou super fã de ambas! Parabéns meninas! Obrigada pela força e parceria. Vocês foram espetaculares, me ajudaram demais! “Pretinhas” saibam que vocês são referências para mim. Orgulho de poder aprender com vocês! Obrigada!
Gostaria de finalizar com uma mensagem que recebi de um amigo (Amin) que fez muito sentido para mim: “Para conhecer nosso limite, temos que nos equilibrar na tênue fronteira entre a dor e o sucesso!”
Por isso, terminei a prova chorando… De emoção… E de dor!
Peço desculpas por não ter olhado para o lado, por não ter agradecido cada palavra incentivadora e motivadora durante a prova; e por não ter sorrido como no ano passado. Obrigada pela torcida e pelo carinho!
Para alcançar a meta estabelecida tive que focar, acreditar e agir.
Como o provérbio latino mais citado pelo meu avô, que estava presente na minha torcida, “per aspera ad astra”(“são ásperos os caminhos até os astros” ou “sobre espinhos até as estrelas”).
Boa semana! Bons treinos!
TRI-Bjocas,
Aninha!